Por que gestores de empresas devem amar o marketing.

Dia desses, ouvi comentários indignados de um exaltado dono de empresa, com relação aos seus clientes corporativos: “Nesse trade só tem picaretas. Não quero mais falar com eles”. Referia-se, o empresário, aos seus clientes e responsáveis por distribuir e vender seus produtos ao consumidor final. Comentários similares já ouvi aos montes nesses anos de atividade. Ora a revolta é com o distribuidor, ora com os meios de comunicação, ora com o próprio consumidor final que “não consegue perceber a qualidade única dos nossos produtos”.cO problema de brigar com o mercado e se voltar para dentro da empresa/indústria para “não ter que lidar com essa gente” é simples. Seu concorrente vai adorar. Toda empresa depende do mercado para sobreviver. Dos seus fornecedores, da sua força de vendas, distribuidores, parceiros comerciais, imprensa, ONGs que podem afetar seu setor, veículos de comunicação, agências de comunicação e consumidores finais. E esse mercado, em bom português, tem nome: marketing.

Entender de marketing e amar a comunicação, portanto, são condições fundamentais para qualquer empresário construir um futuro promissor para sua empresa. Infelizmente, não é o que se vê na prática. Boa parte das empresas confunde marketing com comunicação e acaba contratando “a menina do marketing” que, na melhor das hipóteses, é uma afixadora de banners e recepcionista de veículos de comunicação. Raramente encontro algum dono de empresa nos seminários, cursos e congressos de marketing dos quais participo aqui no Brasil ou fora. Assim, a compreensão de que o marketing não é um departamento, mas a forma de uma empresa toda atuar, sua cultura, continua passando longe de alguns empreendedores.

Marketing, como se sabe, é cuidar da distribuição e definição dos pontos de troca do seu produto/serviço; é definir política de preços com critério; é estudar muito antes de lançar produto novo, observar tendências de consumo e, por fim, promover adequadamente seus produtos ou serviços. E, para isso, uma boa empresa de comunicação deve ser contratada. Assim como escolhemos com cuidado nosso cardiologista e não economizamos no tratamento que ele nos recomenda, não devemos negligenciar o coração das nossas empresas, que é sua relação com o mercado, investindo ponderada, mas permanentemente em pesquisas, promoção e mensuração dos resultados.

 

Autor: Rodrigo Rodrigues